O exercício da paciência

O noviço indagou do mestre como exercitar a virtude da paciência. O mestre submeteu-o ao primeiro dos três exercícios: caminhar todas as manhãs pela floresta vizinha ao mosteiro.

Disposto a conquistar a paciência e livrar-se da ansiedade que o escravizava – a ponto de ingerir alimentos quase sem mastigá-los, tratar os subalternos com aspereza, falar mais do que devia -, durante nove meses o noviço caminhou por escarpas íngremes…

in Kirkus for "Hotel Brasil"

“Quartos para moças e rapazes solteiros. Ambiente familiar”, diz o anúncio que dona Dinó pendurou do lado de fora do Hotel Brasil. E seus hóspedes – Rui Pacheco, um assessor politico; Rosaura dos Santos, que sonha ser atriz de novella; o jornalista Marcelo Braga; Madame Laurência, uma cafetina aposentada; e Diamante Negro, um travesti cantor de boates – realmente sentem-se como se fossem uma família em uma mistura de vida comunitária…

Um convite ao silêncio

Frei Betto: Aldeia do Silêncio. Rio de Janeiro, Rocco, 2013. – Paula Cajaty (publicado no jornal literário RASCUNHO 170, Junho 2014)

O romance “Aldeia do silêncio” de Frei Betto é ambicioso. Digno dos grandes pensadores-teólogos que escreveram sobre moral, ética e filosofia, como Tomás de Aquino e Santo Agostinho, Betto conta a história de Nemo (em latim, ninguém), um homem que passou a vida em uma aldeia longínqua e esquecida do mundo

A linguagem, universo e limite de cada um

Marisa Lajolo – professora de Literatura na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na UNICAMP

O romance Aldeia do silêncio, lançamento recente da Rocco, é um livro impressionante e talvez imprescindível. Parece trilhar caminhos atualmente pouco percorridos na ficção brasileira. E parece também representar uma nova face na já numerosa e variada obra de Frei Betto.

Silêncio e Palavra

Frei Betto: Aldeia do Silêncio. Rio de Janeiro, Rocco, 2013. – Adelia Bezerra de Meneses – Doutora em Literatura – UNICAMP

Finalizando com uma tocante reverência à Palavra, ou melhor , à linguagem (“Da vida guardo uma única certeza: meu universo se limita à minha linguagem” (p. 191), este livro do Frei Betto trata fundamentalmente do Silêncio – e de tudo aquilo que , na vida humana, dele necessita para subsistir: reflexão, comunicação profunda entre seres, comunhão com a natureza, contemplação, experiência mística, mergulho na Transcendência.

O que a vida me ensinou

Editora Saraiva: São Paulo, 2013. – Edward Guimarães – Equipe do Centro Loyola 01.07.2013

No livro O que a vida me ensinou, Frei Betto, como nas diversas obras já publicadas, brinda-nos com instigantes e provocantes reflexões. O estilo do texto prende o leitor do início ao fim, pois, trata-se de conversa franca, amiga, concreta, cheia de entusiasmo e próxima do pulsar da vida. Dá vontade de interagir com o autor e dizer-lhe como vemos ou sentimos a vida também.